Nesta quarta-feira (11), os preços futuros do milho iniciaram o dia em alta na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações do grão apresentaram variações positivas, refletindo o otimismo dos investidores no mercado doméstico. Por volta das 10h14 (horário de Brasília), as cotações oscilavam entre R$ 63,69 e R$ 70,70, com destaque para os seguintes contratos:
Setembro/24: cotado a R$ 63,69, registrando alta de 0,32%;
Novembro/24: valendo R$ 67,72, com elevação de 0,71%;
Janeiro/25: negociado a R$ 70,70, alta de 0,64%.
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Esses movimentos sugerem uma recuperação após quedas recentes no mercado, com os investidores reagindo a novos fatores que influenciam tanto a oferta quanto a demanda por milho no Brasil.
Mercado Externo: Milho Futuro em Alta na Bolsa de Chicago
A Bolsa de Chicago (CBOT) também começou a quarta-feira com altas nos preços internacionais do milho futuro. Às 09h44 (horário de Brasília), as cotações dos contratos futuros registravam os seguintes valores:
Setembro/24: cotado a US$ 3,79, aumento de 0,25 pontos;
Dezembro/24: valendo US$ 4,06, alta de 2,50 pontos;
Março/25: negociado por US$ 4,25, elevação de 2,00 pontos;
Maio/25: com valor de US$ 4,36, ganho de 1,50 pontos.
Segundo o site internacional Farm Futures, os futuros de milho na CBOT apresentaram recuperação modesta após a queda observada na terça-feira, que havia levado as cotações a mínimas de duas semanas. Essa recuperação foi impulsionada por um movimento de ajustes no mercado, com investidores antecipando a publicação do próximo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Expectativa pelo Relatório do USDA
Os traders aguardam com atenção o Relatório Mensal de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial (WASDE) do USDA, que será divulgado na quinta-feira, às 11h (horário de Brasília). Este relatório trará previsões atualizadas sobre os estoques de milho nos Estados Unidos, o que pode influenciar diretamente as cotações futuras do grão.
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Em agosto, o USDA havia ajustado suas estimativas, reduzindo a previsão para os estoques finais de milho nos EUA para o ano de comercialização de 2024/25, de 2,097 bilhões de bushels para 2,073 bilhões de bushels. Além disso, o departamento elevou a previsão de exportações de milho para 2,3 bilhões de bushels, em comparação aos 2,225 bilhões anteriormente previstos. Essas revisões refletem um cenário de maior demanda internacional pelo milho norte-americano, o que pode impactar tanto os preços internos quanto os globais.
Fatores que Influenciam os Preços do Milho
Vários fatores estão influenciando o comportamento do mercado de milho, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos:
Clima e Produção: As condições climáticas nas regiões produtoras continuam sendo um fator-chave para a oferta do milho. Nos EUA, o período de crescimento das lavouras está próximo do final, e qualquer alteração nas previsões climáticas pode afetar diretamente a produtividade.
Demanda Global: A demanda internacional pelo milho norte-americano tem se mostrado forte, impulsionada por mercados como China e México, que são grandes compradores. As previsões de aumento nas exportações refletem esse cenário de demanda aquecida.
Estoques Globais: A redução dos estoques finais estimados pelo USDA indica uma menor oferta disponível, o que pode sustentar os preços elevados do milho nos mercados internacionais.
Mercado Doméstico Brasileiro: No Brasil, as exportações de milho também têm sido robustas, especialmente com a safra recorde que o país colheu recentemente. No entanto, fatores como os custos de logística e o câmbio também influenciam a competitividade do milho brasileiro no mercado global.
Perspectivas para o Mercado de Milho
Com a expectativa pelo relatório do USDA e a retomada das cotações em ambos os mercados, o cenário para os preços futuros do milho permanece volátil, mas com tendência de recuperação. A próxima semana poderá trazer mais clareza sobre os impactos dessas estimativas na oferta e demanda global, e como isso afetará tanto os produtores quanto os consumidores de milho.
Os investidores devem continuar monitorando não apenas os dados de oferta e demanda, mas também fatores macroeconômicos, como as políticas comerciais dos EUA e as condições climáticas, que podem alterar significativamente as previsões para os preços do milho nos próximos meses.
