Acompanhe os principais destaques corporativos de hoje: Itaú (ITUB4) acusa ex-CFO de práticas ilegais, Itaúsa (ITSA4) aprova juros sobre capital próprio e Gerdau (GGBR4) investe R$ 1,3 bi em energia solar em Goiás.
O mercado corporativo brasileiro começa a semana com importantes novidades. O Itaú (ITUB4) divulgou acusações contra seu ex-CFO, Alexandro Broedel Lopes, por práticas ilegais envolvendo pagamentos a fornecedores. Já a Itaúsa (ITSA4) anunciou uma nova rodada de juros sobre o capital próprio, enquanto a Gerdau (GGBR4) revelou um investimento bilionário em um novo parque de energia solar em Goiás. Estes são apenas alguns dos principais destaques do dia 09 de dezembro. Esses acontecimentos refletem movimentações estratégicas das empresas que impactam diretamente os investidores e o cenário econômico do Brasil.
Itaú (ITUB4) Acusa Ex-CFO de Conflito de Interesses
O Itaú (ITUB4) fez uma acusação grave contra seu ex-CFO, Alexandro Broedel Lopes, em relação a práticas de “grave conflito de interesses”. De acordo com o banco, Lopes teria atuado em benefício próprio ao lidar com um fornecedor de pareceres que estava diretamente relacionado a ele. O pagamento irregular ao fornecedor, que totalizou R$ 10,455 milhões distribuídos entre 2021 e 2024, foi aprovado por Lopes utilizando suas prerrogativas de cargo de maneira indevida.
Essas conclusões foram fruto de apurações internas do banco, finalizadas em 24 de novembro, e o banco afirmou que não houve impacto nas demonstrações financeiras da companhia ou de sua controladora. O ex-executivo, por sua vez, negou as acusações, chamando-as de infundadas e sem sentido. Ele ressaltou que sempre atuou de maneira ética e transparente durante seus 12 anos de trabalho no banco, um período em que nunca houve contestação sobre sua conduta profissional, de acordo com sua própria afirmação.
Essa controvérsia gerou um grande debate sobre as práticas internas do banco e a responsabilidade dos altos executivos na gestão de conflitos de interesse. A alegação de que o ex-CFO teria se beneficiado pessoalmente de sua posição de poder no banco reflete a importância da ética nos negócios e da transparência nas relações corporativas.
Itaúsa (ITSA4) Aprova Juros sobre o Capital Próprio
Em uma notícia positiva para seus acionistas, a Itaúsa (ITSA4) anunciou a aprovação de mais uma rodada de juros sobre o capital próprio. O pagamento será de R$ 0,0581 por ação, com prazo até 30 de abril de 2024. Os investidores interessados em garantir o JCP precisam adquirir as ações até o dia 11 de dezembro. Após a retenção de 15% de imposto de renda na fonte, o valor a ser pago será de R$ 0,049385 por ação.
Esse pagamento reforça o compromisso da Itaúsa com a distribuição de proventos aos seus acionistas, sendo uma das principais formas de retorno para quem investe na companhia. A Itaúsa continua sendo uma escolha popular entre os investidores que buscam estabilidade e rentabilidade no mercado financeiro. Além disso, a empresa tem se destacado pelo bom desempenho financeiro e pela estratégia consistente de crescimento, que inclui a distribuição de dividendos como forma de beneficiar os investidores de longo prazo.
O pagamento de juros sobre o capital próprio, em vez de dividendos convencionais, oferece uma série de vantagens fiscais tanto para as empresas quanto para os acionistas, o que pode tornar esse tipo de provento ainda mais atrativo para os investidores.
Gerdau (GGBR4) Investe em Energia Solar
A Gerdau (GGBR4) anunciou um investimento significativo na construção de um novo parque solar em Barro Alto, Goiás, em parceria com a Newave Energia. O projeto, que contará com um investimento total de R$ 1,3 bilhão, terá uma capacidade instalada de 452 MWp, divididos em sete Sociedades de Propósito Específico (SPEs). A Gerdau se responsabilizará por três SPEs, garantindo a totalidade da energia gerada por essas unidades.
A conclusão da obra está prevista para o primeiro semestre de 2026 e, ao longo do projeto, 66% da energia gerada será destinada às unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil. Com esse investimento, a companhia reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a diversificação das fontes de energia, com foco na energia renovável.
A crescente demanda por energia limpa e renovável tem incentivado muitas empresas a investirem em fontes alternativas, e a Gerdau não ficou para trás. A construção de um parque solar de grande porte é um passo importante para a companhia, alinhando-se com as tendências globais de redução das emissões de carbono e contribuindo para a sustentabilidade do setor siderúrgico. A Gerdau, como um dos principais players do setor, demonstra visão estratégica ao buscar soluções energéticas mais eficientes e ecológicas.
Outros Destaques Corporativos
Além desses três grandes anúncios, outras empresas também geraram movimentações no mercado. A Multiplan (MULT3) concluiu a venda de 25% de sua participação no JundiaíShopping por R$ 253,1 milhões, o que reforça sua estratégia de otimização de capital. A Sabesp (SBSP3), por sua vez, anunciou investimentos de R$ 15 bilhões em obras de saneamento no estado de São Paulo, após sua privatização.
Ainda no campo dos dividendos, diversas empresas possuem data de pagamento de proventos entre 09 e 13 de dezembro. As ações de Itaú (ITUB4), Metisa (MTSA4), Log (LOGG3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR4), Vale (VALE3) e Marfrig (MRFG3) terão datas de corte para dividendos, trazendo uma oportunidade de retorno para os acionistas dessas companhias.
Desempenho da PetroReconcavo (RECV3)
Em termos de produção, a PetroReconcavo (RECV3) registrou uma queda de 2,5% na produção de petróleo e gás em novembro, comparado ao mês anterior. A empresa explicou que a redução se deve principalmente a falhas em poços de alta vazão nos Ativos Potiguar e Bahia, mas também apontou um pequeno aumento na produção de petróleo no Ativo Bahia, devido à entrada de novos poços em operação.
Embora a queda na produção tenha sido um ponto negativo, o aumento na produção de petróleo no Ativo Bahia reflete um esforço contínuo da empresa em otimizar seus ativos e melhorar seus resultados operacionais.
Raízen (RAIZ4) e a Possível Venda de Ativos
A Raízen (RAIZ4) foi questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre um possível pacote de venda de ativos no valor de R$ 1 bilhão. A empresa afirmou que está constantemente avaliando oportunidades de negócios e que negociações estão em andamento, mas não houve decisão formal ou fato relevante a ser divulgado ao mercado no momento. A Raízen segue sua estratégia de otimização de ativos e redução de endividamento.
Com o foco em sua eficiência operacional, a Raízen está em um processo de reestruturação e portfólio, o que pode gerar novos movimentos no mercado de energia e biocombustíveis. O fato de a empresa estar aberta à venda de ativos não essenciais pode ser um indicativo de que a companhia busca otimizar sua alocação de recursos e fortalecer suas operações centrais.
Conclusão
Os destaques corporativos de 09 de dezembro demonstram uma movimentação significativa no mercado financeiro, com grandes empresas como o Itaú, Itaúsa e Gerdau anunciando ações que impactam tanto seus investidores quanto o futuro de suas operações. O aumento do interesse por energia renovável, a busca por otimização de capital e a atenção ao pagamento de proventos são aspectos que marcam este período de transição para o próximo ano. Acompanhe essas movimentações e aproveite as oportunidades que surgem no mercado.