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Dólar Oscila Pouco

Dólar Oscila Pouco

O dólar teve pouca variação frente ao real nesta quarta-feira, com investidores cautelosos aguardando dados de emprego dos EUA e a ata da reunião do Federal Reserve. Saiba mais sobre as expectativas do mercado e o impacto nas moedas.


Nesta quarta-feira, o dólar apresentava uma leve oscilação frente ao real, refletindo a tendência global de cautela no mercado. Às 9h42, o dólar à vista (BRBY) registrava uma queda de 0,17%, negociado a 5,4770 reais na venda. O contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) mostrava uma variação negativa de 0,01%, cotado a 5,486 reais.

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Os investidores estão atentos a dois eventos econômicos importantes que podem influenciar o mercado: a divulgação dos dados revisados de emprego pelo Departamento de Trabalho dos EUA, programada para às 11h, e a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve, que será divulgada às 15h. Esses eventos são cruciais para entender a futura trajetória dos juros na maior economia do mundo.

O mercado está precificando com alta probabilidade um corte de juros pelo Fed em setembro. As expectativas são de uma redução de 0,25 ponto percentual com 67% de chance, e uma probabilidade de 33% de um afrouxamento maior de 0,5 ponto percentual. Para o final do ano, os operadores esperam cerca de 100 pontos-base de cortes. Quanto mais o Fed reduzir os juros, mais o dólar tende a se enfraquecer, tornando-se menos atraente devido à queda nos rendimentos dos Treasuries.

A ata da reunião do Fed deve oferecer uma visão sobre a profundidade das discussões sobre cortes de juros. Desde a reunião de julho, diversos membros do banco central dos EUA têm demonstrado abertura para discutir o afrouxamento da política monetária na reunião de setembro.

Leonel Mattos, analista da StoneX, destacou que a ata pode mostrar uma discrepância entre a visão otimista da economia e o debate sobre os critérios para iniciar os cortes. “O que os investidores realmente desejam é entender a discussão entre os integrantes sobre a conjuntura econômica e os critérios necessários para os cortes de juros”, afirmou Mattos.

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O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, é aguardado com grande expectativa, pois pode fornecer indícios mais claros sobre a futura política monetária do banco central.

Enquanto isso, o dólar se mantinha estável em relação a moedas emergentes, com leve alta contra o peso mexicano (USDMXN) e pouca variação frente ao peso colombiano (USDCOP) e ao peso chileno (USDCLP). O índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, registrava uma leve alta de 0,03%, cotado a 101,410.

No cenário nacional, a falta de novidades na agenda macroeconômica fez com que os investidores focassem mais nos eventos externos. A curva de juros brasileira não apresentou grandes alterações, mas ainda indica uma possível alta na Selic ao final do ano, com a expectativa de aumento no próximo encontro do Copom em setembro. Uma Selic mais alta pode beneficiar o real, aumentando o diferencial de juros e tornando a moeda brasileira mais atraente para investimentos.