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Restrição na Cadeia de Suprimentos na Aviação

A GE Aerospace aponta restrições na cadeia de suprimentos na aviação até 2025, mesmo com desaceleração da produção da Boeing. Entenda os desafios e previsões do setor.

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O setor de aviação global continua a enfrentar desafios significativos na cadeia de suprimentos, conforme destacado por Russel Stokes, chefe de motores e serviços comerciais da GE Aerospace. Em um pronunciamento feito nesta quarta-feira, Stokes apontou que, apesar da desaceleração na produção de jatos pela Boeing, as restrições na cadeia de suprimentos devem persistir até o próximo ano.

Impacto da Cadeia de Suprimentos

A GE Aerospace, em parceria com a francesa Safran através da joint venture CFM, é a única fornecedora de motores para a família de jatos 737 MAX da Boeing. Stokes afirmou que a empresa está alinhada com as atuais taxas de produção da Boeing para este ano, mas trabalha intensamente com fornecedores para aumentar a produção nos próximos anos. Ele expressou otimismo cauteloso ao dizer: “Estou confiante de que, com o tempo, as coisas vão melhorar, mas… ainda é um ambiente desafiador para este ano e provavelmente para o próximo ano.”

Desaceleração da Boeing e Efeitos na Cadeia de Suprimentos

A produção de jatos pela Boeing diminuiu consideravelmente devido ao aumento do escrutínio regulatório nos Estados Unidos, particularmente após um incidente com um plugue de porta de um avião da Alaska Airlines se soltando em pleno voo. Essa desaceleração pode oferecer um alívio temporário para a cadeia de suprimentos, permitindo que ela acompanhe a demanda. No entanto, há também o risco de essa desaceleração agravar ainda mais os problemas, criando um efeito cascata negativo em toda a indústria.

Atribuição dos Problemas à Pandemia

Larry Culp, presidente-executivo da GE Aerospace, atribuiu os desafios contínuos na cadeia de suprimentos à pandemia de COVID-19. A pandemia causou uma queda drástica na demanda por viagens aéreas, resultando em demissões massivas no setor de aviação. Esses cortes de pessoal e a redução na produção têm causado dificuldades em aumentar novamente a produção de jatos e prolongaram os tempos de resposta nas oficinas de reparo de motores.

Desafios Globais e Atrasos em Reparos

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Globalmente, os problemas na cadeia de suprimentos têm prejudicado o setor de aviação, dificultando não apenas o aumento da produção de novos jatos, mas também aumentando os atrasos nos reparos de motores. Muitos presidentes-executivos de companhias aéreas apontam esses atrasos como uma das principais restrições para o setor. A incapacidade de realizar reparos de maneira oportuna afeta diretamente a operação das frotas e a capacidade de atender à demanda crescente por viagens aéreas.

Posição da GE Aerospace no Mercado

Desde que se tornou uma empresa independente este ano, a GE Aerospace mantém uma participação dominante no mercado de motores para jatos de corredor único e uma forte presença em jatos de fuselagem larga. Mais de 70% de sua receita de motores comerciais provém de peças e serviços, demonstrando a importância do setor de manutenção e reparos na sua estratégia de negócios.

Perspectivas Futuras

A previsão de Stokes de que as restrições na cadeia de suprimentos continuarão até 2025 reflete um cenário de recuperação lenta e gradual. As empresas do setor de aviação devem continuar a trabalhar em estreita colaboração com seus fornecedores para mitigar os impactos dessas restrições. Além disso, o fortalecimento da cadeia de suprimentos será crucial para suportar o aumento esperado na produção de jatos nos próximos anos.

Em resumo, o setor de aviação enfrenta um caminho desafiador à frente, com restrições na cadeia de suprimentos e pressões regulatórias. No entanto, há um otimismo cauteloso de que, com tempo e esforço coordenado, a situação melhorará, permitindo que a indústria retome seu crescimento e atenda à crescente demanda por viagens aéreas.